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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Fundação Dorina produz primeiro dicionário digital bilíngue para pessoas com deficiência visual


Durante o Congresso Internacional de Livros Digitais Daisy realizado no inicio deste mês, em São Paulo, foi lançado o primeiro dicionário digital bilíngue - português-inglês e inglês-português -, em formato Daisy.

O projeto, uma parceria entre a Fundação Dorina e Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, permitiu o desenvolvimento do dicionário e em uma ação pioneira, a distribuição de 600 exemplares para todas as bibliotecas públicas do Estado de São Paulo. Outros 400 exemplares serão distribuídos pela Secretaria aos postos do Acessa SP e escolas estaduais.

Os interessados podem solicitar seu exemplar através do telefone (011) 5087-0965 ou através do emaildaisy@fundacaodorina.org.br.

Fonte: Fyndação Dorina Nowil
www.funcacaodorina.org.br

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Deficiente visual consegue na Justiça direito de lecionar em SP



Uma mulher com deficiência visual conseguiu na Justiça o direito de ocupar o cargo de professora da rede municipal de Ubatura (litoral de SP), após ter sido considerada inapta para a função. A decisão, do juiz João Mário Estevam da Silva, da 1ª Vara Judicial, do fórum local, foi tomada na sexta-feira (7) e divulgada nesta quarta-feira pelo Tribunal e Justiça de São Paulo.
De acordo com o TJ, a mulher foi aprovada em primeiro lugar no concurso para professor. Entretanto, o resultado da perícia médica a apontou como inapta para ser empossada por ser portadora de deficiência visual.

Em seu pedido, a professora argumenta que sua deficiência nunca a impediu de trabalhar e diz que já lecionou em Ubatuba e em outros municípios.
Na decisão, o juiz determina que a professora seja avaliada durante o estágio probatório. Segundo o magistrado, "não se afigura razoável que do candidato seja previamente retirada a possibilidade de demonstrar sua real capacidade, aptidão e adequação, não sendo suficiente que apenas um profissional médico --por melhor que seja sua técnica--, defina-o como incapaz".

Fonte: Folha.com
Font imagem: http://www.boasnoticias.pt

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Transformação pedagógica é necessária para incluir deficientes





A meta 4 Plano Nacional de Educação para 2011-2020 do MEC, que ainda espera aprovação, propõe a matrícula dupla para os alunos com deficiência, ou seja, ele deverá frequentar a rede regular de ensino e, no contraturno, a escola 

Segundo reportagem de Vanessa Costa Santos publicada na edição desta segunda-feira da Folha, capacitação dos docentes, adaptação do currículo e vontade e disposição são as condições necessárias para a inclusão de crianças com deficiência na rede regular de ensino. A íntegra reportagem completa está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).


Leia a íntegra da entrevista do coordenador de projetos na América Latina da Perkins Internacional (instituição para inclusão de deficientes), Steve Perreault

Leia matéria sobre a manifestação da Associação de Pais, Alunos e Reabilitados do Instituto Benjamin Constant -- escola para cegos-- nesta segunda-feira.







Para coordenador, escolas especiais e regulares podem ser iguais.

Fundada em 1829, a Perkins School for the Blind, sediada na cidade de Watertown, em Massachusetts, é a primeira escola para cegos dos Estados Unidos. Ao longo de sua experiência de mais de cem anos na inclusão social de crianças, jovens e adultos cegos, a escola especializou-se também na inclusão de surdos, surdocegos, pessoas com baixa visão e pessoas com outras deficiências associadas. Em 1987, a instituição internacionalizou seu programa de formação de líderes, que busca capacitar educadores e professores para a educação especial.



Atualmente, por meio desse programa, a instituição ajuda na inclusão de pessoas com deficiência múltipla em 63 países, entre eles o Brasil, fornecendo apoio financeiro e consultoria técnica aos seus parceiros locais. Em 2010, a Perkins Internacional injetou mais de US$ 70 mil em programas de capacitação. O coordenador dos projetos da Perkins Internacional conduzidos na América Latina, Steve Perreault, conversou por e-mail com a Folha sobre a educação inclusiva.

FOLHA - Qual é o objetivo da Perkins Internacional no Brasil e em outros países?


STEVE PERREAULT - A Perkins Internacional dá suporte à educação de crianças com deficiência visual associada à outra deficiência e a surdocegos. Quando começamos nosso trabalho no Brasil, em 1990, crianças com esse tipo de deficiência praticamente não recebiam nenhuma assistência no campo da educação. Nossa filosofia defende o desenvolvimento de serviços de educação coerentes com as necessidades dessas crianças, por meio de consultorias, capacitação de professores, alinhamento com as políticas públicas e apoio à família dos alunos.


FOLHA - Qual é o valor do investimento da Perkins na inclusão dessas crianças no Brasil?


PERREAULT - Temos uma verba anual de US$ 30 mil para programas desenvolvidos no Brasil. Mas nos últimos três anos temos conseguido prover um adicional de US$ 20 mil para os programas no país, conduzidos pelos nossos parceiros locais, dentre os quais estão a Ahimsa (Associação Educacional para a Múltipla Deficiência), a Adefav (Associação para Deficientes da Áudio Visão), a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, no setor de baixa visão, e a Abrapascem (Associação Brasileira de Pais e Amigos dos Surdocegos e dos Deficientes Sensoriais).


FOLHA - O que o senhor poderia dizer sobre as políticas públicas brasileiras relacionadas à educação inclusiva?


PERREAULT - Há uma lei, aprovada pelo governo, que diz que todas as escolas públicas e privadas regulares devem aceitar alunos com deficiência. Eu não tenho tanto conhecimento sobre as políticas públicas para a educação inclusiva no Brasil, mas proibir a recusa é uma grande vitória, pois amplia o acesso à educação a todas as crianças com deficiência. Durante muitos anos, escolas e governos escolheram arbitrariamente quem iriam educar, e, ao negarem a educação a pessoas com deficiência, um grande potencial para o aprendizado foi desperdiçado. O passo seguinte é saber como podemos assegurar os apoios capazes de realmente incluir as crianças com base em suas necessidades individuais. É preciso profissionais capacitados para trabalhar junto aos professores das escolas públicas no estabelecimento de planos individualizados de aprendizagem. O Perkins Internacional tem trabalhado com seus parceiros no Brasil o detalhamento desses apoios à educação de crianças com deficiência múltipla para facilitar a inclusão nas escolas locais. Este documento está sendo distribuído a autoridades de educação especial.


FOLHA - Em sua opinião, considerando o relacionamento da Perkins com seus parceiros locais, quais são os principais gargalos da educação inclusiva no Brasil?


PERREAULT - Em vez de rotular questões como problemas, nós reconhecemos o trabalho que resta a ser feito. O Brasil é um país progressista e voltado para o movimento da educação inclusiva, mas enfrenta desafios que vem de suas grandes distâncias e da densidade populacional. A tarefa é trabalhar com profissionais e famílias para levar suas vozes à política de tomada de decisões e definir o que é verdadeiramente acesso à educação. A questão não é apenas passar pela porta da escola, mas como o aluno pode se conectar e tirar o melhor proveito dos recursos que a escola tem para oferecer. A adequação do transporte para o colégio, por exemplo, muitas vezes é a chave para o sucesso do aluno com deficiência. Muitos alunos que são cegos, outro exemplo, tem pouco acesso a máquinas braillers.


FOLHA - Como é a política de educação inclusiva no EUA?


PERREAULT - A lei de educação especial apoia a inclusão de crianças com deficiências múltiplas com base no seu plano educativo individual, que deve ser desenvolvido com os pais e com a aprovação dos pais. Isso é muito importante. O sistema de ensino nos Estados Unidos ainda oferece suporte a uma gama de opções de posicionamento, baseado nas necessidades individuais de cada criança.


FOLHA - Como escolas especiais e regulares podem trabalhar juntas para incluir os alunos com deficiência em um sistema de educação que realmente faça com que eles aprendam?


PERREAULT - Acredito que as políticas devem apoiar o planejamento individualizado para cada criança, em um sistema conjunto. Escolas regulares e especiais não precisam ter sistemas diferentes. Tanto profissionais da educação regular quanto os da especial precisam de capacitação para alcançar esses apoios.


FOLHA - Quais são as iniciativas prioritárias da Perkins no Brasil?


PERREAULT - O programa Perkins Internacional continuará a trabalhar com seus principais parceiros no Brasil para promover oportunidades de educação às crianças com múltipla deficiência e às surdocegas. Continuaremos a nos concentrar na formação de professores expandido e explorando o uso de novas tecnologias, e ampliando a voz das famílias na definição das prioridades de ensino. Também continuaremos a proporcionar a troca de experiências entre profissionais da América Latina. Anualmente, nosso programa de capacitação alcança mais de 10 mil professores e pais de crianças com deficiências na América Latina.



Fonte: Folha.com

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Audiote Sal e Luz





Olá amigos,


Recebi por e-mail de uma amiga o link da Audioteca Sal e Luz e quero compartilhar com vocês!


A Audioteca Sal & Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros) para pessoas cegas ou com deficiência visual, em todo o território nacional, de forma gratuita.


Possui, hoje, mais de 1.700 associados e conta, em seu acervo, com cerca de 2.700 títulos, entre didáticos/profissionalizantes e literatura.
O objetivo da instituição é proporcionar, aos portadores de necessidades especiais, meios para a conquista de uma vida com qualidade.


Mais do que inclusão, desejamos viver numa sociedade que não exclua seus filhos, a despeito de todas as diferenças. Que essas diferenças sejam o estímulo necessário para nosso crescimento individual e para a construção de uma nação mais justa.


A Audioteca Sal e Luz teve início com uma pesquisa acerca da realidade do cego no Brasil em 1986. A percepção geral era de que muito pouco se fazia no país para atender às necessidades desse grupo. No ano seguinte, com um grupo de pessoas ligadas à Igreja Presbiteriana Betânia, tem início o Projeto Luz e Som, para a formação de uma biblioteca especialmente desenvolvida para pessoas com deficiência visual.


Em 1989, é criada a Instituição Tear, com 3 programas, dentre eles a Audioteca para a produção e distribuição de livros falados para deficientes visuais, que, em 1991, se estabelece definitivamente no centro do Rio de Janeiro.
Em 1998, a Audioteca Sal & Luz foi selecionada para concorrer, a nível nacional, ao “Prêmio Paulo Freire – Valorizando o saber e o fazer”, como o melhor projeto de tecnologia educacional alternativa do Estado do Rio de Janeiro.


Em 2001, a Audioteca passou por uma ampliação e ganhou 5 novas cabines para a gravação dos livros, contando , hoje, com um total de nove, o que possibilitou, em 2002, o início da produção digital.


Com grande satisfação, a Audioteca Sal & Luz foi agraciada com o Prêmio Fundação Banco do Brasil Tecnologias Sociais – edição 2003, por ser “uma tecnologia social efetiva: soluciona o problema a que se propôs resolver, tem resultados comprovados e é reaplicável”. Assim, passou a fazer parte do banco de tecnologias sociais, localizado no site cidadania-e.com.br.
Em 2004, teve início o projeto de parcerias para a produção dos livros, estabelecendo um novo e estratégico modelo de trabalho voluntário, levando o projeto para dentro das empresas. 




O resultado é o maior incentivo ao trabalho voluntário, com o conseqüente aumento da produção, e uma influência bastante saudável no clima organizacional.


Cabe ressaltar que qualquer um pode se associar, pagando uma pequena taxa anual e aqueles que não tiverem condições financeiras de fazê-lo poderão solicitar isenção!


"meus olhos são seus olhos"




quinta-feira, 5 de maio de 2011

Educação Inclusiva - Fundamental para a inclusão e a cidadania!

Olá Pessoal,

Hoje li um comentário da professora Vera Lúcia de Maceió-AL no blog Raras e Raríssimas (http://rarissimas.blogs.sapo.pt/49008.html?page=3#comentarios) e fiquei muito feliz em ver seu interesse, como educadora, em propiciar a inclusão de seu aluno de 12 anos, portador da Doença de Stargardt, e de oferecer a ele uma opção de cidadania! Não é fácil lidar com crianças e adolescentes, principalmente portadores de síndromes limitadoras como a Doença de Stargardt. Tanto pela limitação apresentada como pela dificuldade de lidar com seus problemas emocionais. Ela pedia dicas e sugestões para se preparar e preparar a escola para atendê-lo melhor e promover a inclusão com o restante da turma. Deixei-lhe algumas dicas de como proceder com este aluno, baseada no nas dificuldades que, como portadora da mesma doença, enfrentei na escola. Há diversas formas de lhe oferecer mais qualidade de vida, principalmente acadêmica. Em primeiro lugar devo ressaltar a importância do carinho, da compreensão com suas limitações e do tratamento igualitário, ou seja, nada de ter pena dele ou deixá-lo num cantinho porque não enxerga direito! Este aluno tem o direito de se envolver com tudo o que acontece na escola, se desenvolver e trocar experiências com outras crianças.


Entretanto, é preciso observar uma séria de detalhes para que sua inclusão possa ocorrer da melhor forma e o aluno possa aproveitar ao máximo sua época escolar, aprender e se desenvolver física, emocional e psicologicamente.


O aluno que tem baixa visão apresenta dificuldades de leitura e isso pode se agravar com o tempo. Para ajudar, os educadores devem utilizar textos com fontes aumentadas. Converse com seus alunos portadores de necessidades especiais, teste e defina o melhor tamanho de fonte para sua leitura, tipo e cor do papel, apresentações em slides ou textos escritos no quadro. Normalmente, dependendo da sua acuidade visual, ele não conseguirá ler nada no quadro negro ou em slides projetados em sala. Por isso, uma alternativa deve ser-lhe oferecida seja em arquivo aberto em um computador ou notebook ou em papel mesmo.

As provas, se escritas, também devem ser em fontes aumentadas. Caso o estágio esteja avançado e as fontes aumentadas não resolvam, o professor pode utilizar um leitor, ou seja, alguém que possa ler os textos e as provas para ele. Como o professor fica muito ocupado durante uma prova, atendendo os alunos, pode designar um inspetor ou qualquer funcionário da escola. Claro que todos devem ter consciência e estar preparados para atender tais necessidades.

O professor deve procurar, ainda, passar a matéria para o aluno. Caso já a tenha digitada em seu computador, pode enviar os arquivos de texto para que o aluno leia em sala em seu computador ou da escola, em um tablet se tiver ou para levar para casa e ler em seu computador, sem precisar copiar em sala de aula. Se não for possível, a matéria deve ser ditada ao invés de somente escrita no quadro.



O livro didático, é outro problema para o aluno com baixa visão. Mas agora o governo irá disponibilizar versões em áudio ou e-book dos livros didáticos, o que ajudará muito estes alunos. O e-book, se for em Word, pode ter as fontes aumentadas e se for em PDF, pode ser lido em voz alta pelo computador do aluno em casa. O PDF oferece este recurso. Qualquer arquivo em Word pode ser transformado em PDF e lido. Os arquivos de texto comuns (TXT, DOC, entre outros) podem ser lidos por diversos programas e até dentro de versões atuais do Windows e outros sistemas operacionais que oferecem recursos de fala e leitura. É claro que é preciso obter uma voz que seja adequada ao idioma brasileiro, pois a voz padrão do Windows é péssima! O áudio fica muito enrolado, pois utiliza-se dos fonemas do idioma inglês. Mas há vozes compatíveis com nosso idioma também. Em outro post informarei mais datelhas sobre as vozes e os programas de leitura.

Existem programas que até gravam estes arquivos de texto (TXT, DOC, PDF, etc) em MP3 para que possa ser reproduzido em diversos players, permitindo ao aluno estudar melhor.

Qualquer texto impresso pode ser escaneado e passado por um software que o transforme em texto e depois em áudio.
Existem diversas instituições que oferecem áudio livros, como a Fundação Dorina Nowil e a Sal e Luz.



Se for possível, o professor deve utilizar objetos pedagógicos interativos, tais como dinâmicas de grupo, desenhos, vídeos, áudio, blog e outras ferramentas que ajudam na interação dos alunos e na inclusão daqueles que são portadores de necessidades especiais.

E, se for possível, permitir que o aluno utilize recursos próprios, tais como binóculos, monóculos, lupas, gravadores, notebooks, tablets, etc para facilitar seu aprendizado.

Em breve postarei mais informações sobre o assunto!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Governo Federal pretende fechar o Instituto Benjamin Constant (escola para pessoas com deficiência visual) e o Instituto Nacional de Educação de Surdos, no Rio de Janeiro


Colaborando na divulgação desta matéria.

A rotina do pequeno Hugo Souza Mota, de apenas 6 anos, foi quebrada na manhã de segunda-feira, 11 de abril. De cartaz na mão, ele, sua mãe, Vânia Silva de Souza, de 31 anos, e mais de 300 pessoas fecharam metade da pista da Avenida Pasteur, na Urca, em uma manifestação contra o fechamento do Instituto Benjamin Constant (IBC) e do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), em Laranjeiras. Cego desde os seis meses de idade, após ter tido câncer de retina, Hugo tentava acompanhar a agitação dos protestos segurando o cartaz e a mão de Vânia, que não escondia sua revolta com a ameaça do IBC deixar de existir e a proposta do Ministério da Educação para que os alunos deficientes visuais sejam matriculados também em unidades de ensino das redes públicas, como o Colégio Pedro II. O protesto, que ocorreu em frente ao prédio do instituto e causou engarrafamentos da região até Copacabana, contou com apoio do Núcleo de Pessoas com Deficiência do Sisejufe, da Associação de ex-alunos do IBC entre outras entidades -a intenção foi justamente chamar a atenção da população para o problema.

“O governo federal diz que as outras redes têm condições de receber nossos filhos deficientes visuais. Isso não é verdade. As outras escolas não têm capacidade de atendê-los. O IBC tem salas especializadas em movimento espacial, para musicoterapia, para eles praticarem esportes entre outras atividades. Não vamos encontrar isso nas redes municipal e estadual. Se não podem nos dar tratamento melhor, que nos deixem aqui no IBC”, desabafou Vânia, enquanto o pequeno Hugo já demonstrava certa irritação com o barulho do trânsito, dos discursos dos oradores que se revezavam ao microfone do carro de som.

Para a mãe de Hugo, fazer o menino estudar em duas escolas vai ser um transtorno muito grande na vida deles. Além do problema da falta de estrutura das outras escolas, o deslocamento diário de um local para o outro será difícil. Moradora de Bento Ribeiro, Vânia passa o dia inteiro no IBC acompanhando e esperando o filho. “A gente se anula pela vida dos filhos. O que o governo tinha que fazer era investir mais e não acabar com o IBC, criando ensino de 2º Grau e Superior. Dizem que o instituto não dá certo. É mentira, dá certo sim. Está dando certo com meu filho”, disse.

Um dos participantes da manifestação Dulavim de Oliveira Lima Júnior, é diretor do Sisejufe, membro do Núcleo de Pessoas com Deficiência e ex-aluno do IBC, lembrou que inclusão social não se faz fechando uma instituição com mais de 100 anos como quer o Ministério da Educação. Ele ressaltou que, como tudo na vida, também há especificidades na educação. “A homens e mulheres não competem juntos a maratona nas Olimpíadas. É respeitada a especificidade de cada num. Nem por isso não há integração. Somos totalmente contra o fechamento do IBC”, afirmou Dulavim.

Entre várias manifestações de apoio e de revolta de alunos, ex-alunos, reabilitandos, professores e moradores das imediações do IBC, o coordenador do Núcleo de Pessoas com Deficiência do Sisejufe, Ricardo de Azevedo Soares, afirmou que acabar com o ensino especializado não representa inclusão social. “Esse colégio não vai fechar. Vamos permanecer nessa luta. Daqui saíram muitos alunos que são excelentes profissionais, que fizeram concurso público e que se destacam em suas áreas”, disse Ricardo.

Tentando amenizar a revolta de pais e alunos, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que os serviços de ensino do Instituto Benjamin Constant e o Instituto Nacional de Educação de Surdos, em Laranjeiras, não seriam fechados. A informação caiu como uma bomba quando uma diretora do MEC anunciou o término das atividades em 2012. Haddad informou ainda que os alunos matriculados nas duas escolas poderão também se matricular no Colégio Pedro II, vinculada ao governo federal. O que funcionaria como uma dupla matrícula, para estimular a inclusão dos estudantes em escolas regulares. O ministério fará parceria de cooperação entre o Ines, IBC e o Pedro II para ampliar a oferta para os alunos com deficiência visual e auditiva. O Colégio Pedro II tem cerca de 13 mil alunos, o IBC, 300, e o Ines, 480.

“O que está em discussão é o estabelecimento de uma parceria entre instituições de ensino do governo federal para ampliar a oferta de oportunidades educacionais, adicionais e não supressivas aos estudantes surdos e cegos, de modo que esses alunos, matriculados no Colégio Pedro II, possam receber apoio dos institutos, e alunos dos institutos possam efetivar, se quiserem, uma segunda matrícula no Colégio Pedro II”, destacou, em nota, o Ministério da Educação.



Fonte: Max Leone -Imprensa Sisejufe, com agências de notícias
Referência: Jus Brasil (12/04/11)

domingo, 23 de janeiro de 2011

Livros didáticos deverão ter versões em formato digital

Agora é lei: livros técnicos e didáticos editados no estado deverão ter versão em formato digital acessível aos deficientes visuais. A obrigação é tema da Lei 5.859/11, publicada no Diário Oficial do Executivo na quarta-feira, 5 de janeiro. O texto obriga a editora a atender toda a demanda por suas obras em formato digital acessível, seja via download ou CD-ROM.


Muitos deficientes visuais, cegos ou com pouca visão, não leem em braile (sistema de leitura pelo tato). O braile é mais difundido entre aqueles que adquiriram a deficiência já na primeira idade, ou ainda na juventude. Por isso, a tecnologia representa uma forma de inclusão mais expressiva para os deficientes visuais, pois já existem softwares livres que executam a leitura de textos expostos na tela do computador e vocalizam seu conteúdo ao usuário através do sistema de som.

FONTE:http://sisejufe.org.br

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Superação



Se até as crianças conseguem superar, por que nós não conseguiríamos?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Fundação Dorina Nowill

Olá pessoal,

Conheçam a Fundação Dorina Nowill e se cadastrem para receber livros e revistas falados ou em braille.
://www.fundacaodorina.org.br/FDNC/Quem_Somos.html

63 ANOS DE INCLUSÃO

DO DEFICIENTE VISUAL

Há mais de seis décadas a Fundação Dorina Nowill para Cegos tem se dedicado à inclusão social das pessoas com deficiência visual, por meio da educação e cultura, atuando na produção de livros em braille, livros e revistas falados e obras acadêmicas no formato Digital Acessível, distribuídos gratuitamente para pessoas com deficiência visual e para centenas de escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil.

A Fundação Dorina Nowill também oferece, gratuitamente, programas de atendimento especializado ao deficiente visual e sua família, nas áreas de avaliação e diagnóstico, educação especial, reabilitação e colocação profissional.

Acreditamos que a educação seja o melhor caminho para a inclusão social, e ampliar essa oportunidade a milhares de deficientes visuais de todo o Brasil também depende de você.
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