Hoje faz 15 dias que Milla morreu. Não pude escrever antes porque minha mente estava embotada de tanta dor, meus olhos vermelhos de tanto chorar e meu coração triste por não tê-la mais ao meu lado.
Aos 13 anos 3 meses e 9 dias, foi serelepe para o outro lado me esperar com seu amor incondicional.
Linda, doce e meiga, Milla foi a melhor coisa que me aconteceu. Nasceu só para me acalentar, me ajudar a superar os momentos ruins, a tristeza e a dor. Me cativou desde o primeiro instante em que vi seus olhinhos meigos me procurando. Filha, amiga, companheira, guia, confidente, tudo para mim. Mais, muito mais do que minha cachorrinha, era meu amor!
Minha bichinha se foi sem que eu pudesse fazer nada, sem que eu pudesse estar ao seu lado. Acho que ela quis assim, se afastar de mim para que eu não sofresse ao vê-la partir.
Tão linda, tão boa, tão amada!
Fico com o coração apertado ao olhar a casa vazia, sem suas brincadeiras, suas coisinhas num canto, esperando sua volta que não vai chegar. Foi meus olhos em muitos momentos, foi minha protetora em outros tantos e minha protetora sempre!
Éramos um belo quarteto: Renato, Dolores, Milla e Titta. Agora somos um trio triste, sem sua maior estrela. Titta, coitadinha, corre pela casa a sua procura, vasculha o quintal, cheira todos os esconderijos... em vão. Renato dá dó, chora pelos cantos, calado, sufocado... Eu, nem sei como ando por aí. Só sei que não posso aninhar outro serzinho como ela em meus braços, pois não posso substituí-la em meu coração. O espaço vazio e doído que ela deixou não será preenchido. Sei que o tempo ameniza a dor, que aos poucos vamos nos acostumando a ficar sem ela e que, por fim, conseguiremos seguir em frente, guardando as lembranças dos momentos vividos, o amor compartilhado e a vida que continua sempre em frente.
Te Amo Hoje e Sempre!
Milla
09/04/1998 a 18/07/2011
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