sábado, 9 de julho de 2011

Boné inteligente ajuda cegos a desviar de obstáculos na rua



Outras invenções como celulares e dispositivos de som também conseguem melhorar a vida dos deficientes.


Pensando nisso, o engenheiro Gustavo Brancante, pós-graduado no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), criou um boné equipado com sensores que detectam obstáculos no caminho. Um boné inteligente, capaz de detectar obstáculos no caminho. Esta segunda-feira (13) é o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual e o Fantástico mostra como ideias simples podem dar mais mobilidade aos cegos.

“A maior dificuldade que um deficiente visual encontra quando está andando na rua são os orelhões”, afirma Markiano Charan Filho, cego de nascença.

“Para mim, são as placas”, diz Suelen de Oliveira, cega há sete anos.

“Postes e lixeiras”, diz Jorge Siemon, cego há sete anos.



A inspiração veio do filme "Matrix" e do sistema que os morcegos usam pra se orientar no escuro.

O boné emite um sinal de ultrassom, com alcance de seis metros. As ondas batem no obstáculo e retornam. O boné, então, vibra de acordo com a proximidade do objeto. Se está longe, o estímulo é sentido na frente da cabeça. Se está mais perto, o sinal é na parte de trás.

Quatro voluntários, todos cegos, topam testar a invenção, ainda em fase de ajustes.

Veja no vídeo como eles se saíram no teste.

Em Jaú, no interior de São Paulo, desde novembro, a frota de ônibus da cidade está equipada com um dispositivo que emite um aviso sonoro direcionado às pessoas com deficiência visual. A mensagem é ouvida em aparelhos.

“A cidade de Jaú hoje é pioneira nessa acessibilidade para o deficiente visual”, diz Osvaldo Franceschi Jr., prefeito de Jaú.

O ‘DPS 2000’ foi desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais. “Eu concretizei o ideal da minha vida, de dar condições ao portador de deficiência de pegar o seu ônibus, poder se locomover”, comemora Dácio Pedro Simões, autor do projeto.

“Você se sente verdadeiramente reconhecido como um cidadão”, aprova Lethicia Romaqueli, cega desde sete dias de vida.

Em Salvador, mais uma novidade. Um aparelho celular tem um aplicativo capaz de identificar notas de real. Basta fotografar a cédula e em alguns segundos o celular responde. Com isso, quem tem deficiência visual sabe que está pagando com a nota certa. O programa também identifica cores.

“É uma mão na roda pra gente fazer as atividades do cotidiano de uma forma bem tranquila”, garante Jean Abreu, cego há dois anos. 

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