quarta-feira, 12 de maio de 2010

Como enxergamos - Parte 2


AS DEFICIÊNCIAS OCULARES


As doenças dos olhos e do sistema visual afetam grande parte da população. Conheça-as e saiba como preveni-las.

Nos últimos anos, com o aumento da qualidade da informação, dos avanços tecnológicos e da ciência médica em matéria de diagnóstico e tratamento, tornou-se possível prevenir e tratar doenças oftalmológicas que há pouco tempo atrás eram consideradas incuráveis.


O que são doenças oftalmológicas?

São as doenças dos olhos e do sistema visual. As doenças oftalmológicas provocam a diminuição da acuidade visual e podem, eventualmente, levar à perda de visão.

A diminuição da acuidade visual é causada, fundamentalmente, por defeitos refrativos passíveis de correção óptica, como é o caso da miopia, da hipermetropia, do astigmatismo, da presbiopia e da retinopatia diabética.


As doenças oftalmológicas podem ser prevenidas?

A prevenção primária e a detecção precoce, bem como o acesso a terapêuticas cirúrgicas oftalmológicas, são determinantes para a redução da morbilidade das doenças da visão.

A maior parte da disfunção visual, tanto na criança como no adulto, pode ser prevenida através de um diagnóstico oftalmológico precoce.

O diagnóstico oftalmológico é feito por um médico oftalmologista.


Quem deve fazer um exame oftalmológico? E quando?

Crianças de alto risco: recém-nascidos que apresentem potencial para sofrer de retinopatia da prematuridade, as que tenham história familiar e/ou suspeita clínica de retinoblastoma, de cataratas infantis, de glaucoma congênito e de doenças genéticas e metabólicas;


Crianças até aos 2 anos e entre 2-5 anos: devem ter uma observação oftalmológica, através da participação em programas de rastreio oftalmológico;

Jovens e adultos (entre os 14 e os 45 anos) que apresentem sintomas e queixas de visão deficiente, traumatismo ou diabetes, devem realizar exame oftalmológico;

Todas as pessoas com idade igual ou superior a 40 anos devem fazer um exame oftalmológico periódico, pelo menos de quatro em quatro anos;

Todas as pessoas com elevado risco de desenvolvimento de patologia oftálmica: com base na história clínica oftálmica médica, história familiar e idade, mesmo sem sintomas, devem realizar um exame oftalmológico.

A visão tem um importante significado social, representando um meio de comunicação fundamental para a relação entre as pessoas e para a atividade profissional. Sabe-se, hoje, que, mais importante do que a acuidade visual em si mesma é o modo como cada pessoa utiliza a visão que possui (a visão funcional). A visão deve ser prevenida desde o nascimento e há meios susceptíveis de a melhorar.


Quais são as doenças oftalmológicas que podem causar perda de visão?



No adulto

• Catarata;
• Diabetes ocular;
• Glaucoma;
• Doenças maculares.

Na criança

• Catarata congênita e infantil;
• Glaucoma congênito;
• Estrabismo;
• Ambliopia;
• Retinoblastoma;
• Todas as doenças relacionadas com a prematuridade;
• Doenças genéticas;
• Doenças metabólicas.


MIOPIA

É uma deficiência de visão que impede a visão nítida , principalmente para longe. Sua causa é uma acentuada curvatura da córnea (mais curva que o normal), o que faz com que a luz seja focalizada antes da retina. Trata-se da formação da imagem antes da retina. O olho míope , caracteriza-se, geralmente, pela forma alongada no sentido ântero-posterior, conhecido por olho longo, podendo ser maior que o normal. Portadores de miopia são  mais propensos a desenvolverem algumas doenças (ex. glaucoma, descolamento de retina, etc.). Requer atenção especial por parte do médico oftalmologista.


As crianças com miopia sentam-se nas primeiras filas das classes, na sala de aula. É comum assistirem televisão próximo ao aparelho. Aproximar demasiadamente dos olhos um livro ou objetos pequenos do rosto.


Nas miopias, em geral, as lentes oftálmicas podem ser empregadas tanto para longe como para perto. Sua compensação é feita através de lentes divergentes, esféricas negativas, quando a miopia é simples, sem astigmatismo combinado. Essa compensação faz com que o encontro focal ocorra exatamente na retina.

Uma pessoa com miopia enxerga assim:

Visão Normal                Visão Míope


HIPERMETROPIA

É uma deficiencia de visão que impede a visão nítida, principalmente para perto. Trata-se da formação da imagem depois da retina. Raios luminosos incidentes, convergem a um ponto localizado após a retina. O olho hipermetrope, caracteriza-se, geralmente, pelo afastamento do globo ocular ou de um vicio de acomodação do cristalino. Um olho hipermetrope é, habitualmente, menor do que o normal.
O olho tem alguma capacidade de compensar a hipermetropia, através da focalização pelo cristalino, que é uma lente interna que ele possui. Quando o grau é maior do que o poder de compensação do olho, o tratamento é feito com óculos ou lentes de contato. O portador de hipermetropia muitas vezes se habitua a essa deficiência; sem se aperceber, procura corrigi-la através da acomodação visual, dependendo evidentemente da grandeza da ametropia. A "resistência" à hipermetropia diminui com a idade. 


O trabalho mais minucioso ou a leitura aumentam a exigência de focagem, provocando fadiga ocular e até dores de cabeça. Pode ser a causa do mau aproveitamento escolar de uma criança.


Fuga das linhas, ao ler seguidamente. Embaralhamento e falta de visão nítida para perto, após algum tempo de leitura. Acomodação visual. Renuncia temporária à leitura. São os sintomas da HIPERMATROPIA.

Sua compensação é feita através de lentes esféricas convergentes, quando a hipermetropia é simples. Essa compensação trazem o encontro focal , de trás da retina para sobre ela. A compensação é realizada por lentes positivas, que seus portadores usam tanto para visão de longe como para visão de perto.


Uma pessoa com Hipermetropia enxerga assim:

Visão Normal         Com Hipermetropia


ASTIGMATISMO

O astigmatismo é uma distorção de imagem geralmente provocada por conformação anormal ou por irregularidade da córnea. Assim, parte dos raios que penetram no olho se focalizam em um plano e parte em outro, gerando uma imagem distorcida. O astigmatismo pequeno, com frequência, não demanda correção. No astigmatismo a córnea se apresenta de forma ovalada, como o fundo de uma colher, causando o cruzamento irregular dos raios luminosos na retina, responsável pela distorção das imagens.


O astigmatismo geralmente vem associado à miopia ou à hipermetropia e pode ser também tratado de várias maneiras: uso de óculos, lentes de contato e através da micro-cirurgia.

Uma pessoa com Astigmatismo enxerga assim:

Visão Normal              Com Astigmatismo


ESTRABISMO

Também denominado de olho torto, vesguice ou desvio, o estrabismo é a alteração ocular onde os olhos estão desalinhados e olhando para direções diferentes. O desalinhamento pode ser constante ou aparecer em determinados momentos. Um dos olhos pode estar na posição correta, enquanto o outro pode estar desviado para dentro, para fora, para cima ou para baixo.

O estrabismo é uma alteração mais comum em crianças, na proporção de 4%, mas pode ocorrer também em adultos. Afeta de maneira semelhante tanto o sexo masculino como o feminino, sendo em alguns casos de caráter familiar.

Quando os dois olhos estão alinhados corretamente, dizemos que a pessoa tem visão binocular. Nessa condição, os olhos estão direcionados para um mesmo objeto. A porção visual do cérebro funde as duas imagens numa única imagem tridimensional. Quando um dos olhos desvia, como no estrabismo, duas imagens diferentes estão sendo enviadas ao cérebro.


Numa criança, o cérebro aprende a ignorar a imagem vinda do olho desalinhado e utiliza somente a imagem vinda do olho na posição correta ou com melhor nitidez. Isso acarreta a perda da visão binocular e da noção de profundidade. O adulto que desenvolve estrabismo geralmente tem visão dupla, pois o cérebro já aprendeu a receber imagens dos dois olhos e não consegue desprezar a imagem do olho desviado.

Apresentação do Estrabismo:



PRESBIOPIA


À medida que o tempo passa, nossos olhos perdem um pouco da elasticidade que permite as suas lentes naturais moverem-se para frente e para trás para focarem objeto, perdendo assim o poder de acomodação do olho que resulta na incapacidade de focar objetos a curta distancia , aparecendo então a necessidade de correção para perto. Essa dificuldade que normalmente esta relacionada a idade conhecida como "vista cansada" é a presbiopia.

A pessoa com Presbiopia enxerga assim:

Visão Normal            Com Presbiopia


CONJUNTIVITE

A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a esclera (o branco do olho) e a face interna das pálpebras. A doença se apresenta em diferentes formas que dependem do agente causador. Embora as conjuntivites possam ser causadas por alergias ou por irritação química, somente as do tipo viral e bacteriana são contagiosas. Os principais sinais e sintomas da conjuntivite são as pálpebras grudadas, inchadas e avermelhadas, com secreção esbranquiçada ou amarelada e coçando muito, e os olhos vermelhos, lacrimejantes, com sensação de areia e sensibilidade excessiva a luz. O tratamento depende do tipo, mas medicamentos (pomadas ou colírios) devem ser indicados para aliviar os sintomas e diminuir o desconforto. Acima de tudo, não utilize-os sem orientação médica e evite o contágio nos casos de conjuntivite bacteriana e viral.

Apresentação da Conjuntivite:



GLAUCOMA

O glaucoma é designado pelo aumento da pressão intra-ocular, causada pelo desequilíbrio entre a produção e drenagem do líquido do olho, com alterações no nervo óptico e campo visual, ou seja, o portador vai perdendo a visão periférica (estreitamento/visão em túnel). é uma doença ocular séria, de causa desconhecida, geralmente bilateral, progressiva e de evolução lenta e irreversível, que lesa o nervo óptico e, se deixada sem tratamento, pode fatalmente levar a cegueira. O tratamento do glaucoma é feito através da redução da pressão intraocular pelo uso de colírios. Caso não haja um controle, em alguns casos, ele pode recorrer a uma aplicação de laser ou a cirurgias convencionais como a Trabeculectomia.

A realização de avaliações periódicas é a melhor forma de evitar a instalação do dano causado pelo glaucoma, uma vez que, na grande maioria das vezes, trata-se de uma doença assintomática.

A pessoa com Glaucome enxerga assim:



CATARATA

A catarata é a opacificação progressiva do cristalino, ou simplesmente a perda da transparência do mesmo. Ela interfere na transmissão da luz que chega a retina, causando uma visão progressivamente borrada. A leitura fica cada vez mais difícil e dirigir um carro pode se tornar bastante perigoso. O portador de catarata pode se sentir incomodado por luz forte ou ver halos ao redor das luzes. Não existe tratamento clínico para a catarata e, uma vez formada, o único tratamento existente á a sua extração cirúrgica. Se não for tratada, a catarata evolui para a perda total da visão, que felizmente é reversível. A cirurgia promove a reabilitaçã visual na grande maioria dos casos devido a segurança da cirurgia nos dias atuais.


Visão embaçada, ofuscamento ou sensibilidade à luz buscando mais iluminação para a leitura e a percepção de alteração de cores, assim como dupla visão em um olho e mudança freqüente de grau dos óculos podem estar relacionados à presença de catarata.


A cirurgia feita com tecnologia avançada se apóia tanto na precisão dos exames pré-operatórios, quanto na sofisticação da facoemulsificação moderna, promovendo a recuperação rápida e satisfatória.

A cirurgia consiste na remoção do cristalino e implante de uma lente intra-ocular que pode restaurar a visão de longe e perto.

A pessoa com Catarata enxerga assim:



CERATOCOME

O ceratocone é uma doença degenerativa da córnea, de origem genética, que causa uma baixa progressiva na qualidade de visão do paciente. O centro da córnea se afina e assume o aspecto de um cone, afetando seriamente a visão. O tratamento se divide em três estágios: em um primeiro instante com lentes corretivas (óculos); depois acontece a indicação de lentes de contato rígidas e em último caso – quando a doença já atingiu um grau avançado – é feito o transplante de córnea que tem tido prognóstico satisfatório. Antes disso, há a indicação do Anel de Ferrara, que tem tido bons resultados, inclusive conseguindo adiar a cirurgia.


A pessoa com ceratocome enxerga assim:



RETINOPATIA DIABÉTICA

A diabetes é uma doença complexa e progressiva que afeta os vasos sanguíneos do olho. Um material anormal é depositado nas paredes dos vasos sanguíneos da retina que é a região conhecida como "fundo de olho", causando estreitamento e às vezes bloqueio do vaso sanguíneo, além de enfraquecimento da sua parede – o que ocasiona deformidades conhecidas como micro-aneurismas. Estes micro-aneurismas freqüentemente rompem ou extravasam sangue causando hemorragia e infiltração de gordura na retina.

Existem duas formas de retinopatia diabética: exsudativa e proliferativa. Em ambos os casos, a retinopatia pode levar a uma perda parcial ou total da visão.

Retinopatia Diabética Exsudativa: ocorre quando as hemorragias e as gorduras afetam a mácula, que é necessária para a visão central, usada para a leitura.

Retinopatia Diabética Proliferativa: surge quando a doença dos vasos sanguíneos da retina progride, o que ocasiona a proliferação de novos vasos anormais que são chamados "neovasos". Estes novos vasos são extremamente frágeis e também podem sangrar. Além do sangramento, os neovasos podem proliferar para o interior do olho causando graus variados de destruição da retina e dificuldades de visão. A proliferação dos neovasos também pode causar cegueira em conseqüência de um descolamento de retina.

As pessoas que têm diabetes apresentam um risco de perder a visão 25 vezes mais do que as que não portam a doença. A Retinopatia Diabética atinge mais de 75% das pessoas que têm diabetes há mais de 20 anos.

O controle da glicose vai prevenir e diminuir as chances de aparecimento da retinopatia. Porém, uma vez diagnosticada, a retinopatia diabética deve ser tratada como tal, não bastando somente controlar a glicose, já que a moléstia ocular progride independentemente do diabete. Não há ainda nenhuma forma de tratamento clínico local (colírios) que possa impedir a progressão da retinopatia, portanto, o tratamento através de raio laser ou cirurgia de vitrectomia deverá ser indicada quando necessário.
 
A pessoa com Retinopatia Diabética enxerga assim:
 
 
 
DESLOCAMENTO DE RETINA
 
Uma outra doença séria e comum é o descolamento de retina, que pode ocorrer após os 40 anos de idade. As pessoas que possuem histórico da doença na família, assim como miopia ou glaucoma tem mais chances de desenvolver a doença. As causas podem ser traumáticas ou mesmo provocadas pelo deslocamento do vítreo. O paciente pode perceber surgimento de corpos flutuantes, flashes de luzes ou pontos negros conhecidos por moscas volantes na visão. Em casos de descolamento da retina a pessoa poderá perceber uma imagem ondulada ou uma sombra ou cortina escura que fecha o campo de visão. Se o descolamento atingir a região central da retina ocorrerá uma distorção ou redução da visão central. Os rasgos na retina devem ser tratados a laser ou por crioterapia, o mais rápido possível, a fim de evitar que dêem origem a um descolamento.
 

A pessoa comDescolamento de retina enxerga assim:

Visão Normal                       Deslocamento


DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDAE

Muitas pessoas, devido a um processo natural de envelhecimento do organismo, desenvolvem uma perda gradual da função da mácula denominada degeneração macular relacionada a idade (DMRI), que se apresenta de duas formas: seca ou úmida. As células nervosas da retina, assim como todas as células do corpo passam por um metabolismo, onde o que não o é mais considerado benéfico para o organismo, os chamados metabólitos ou druzas, são excretados. Na forma seca ou atrófica da doença, graças ao envelhecimento do tecido retiniano, esses metabólitos passam a não ser excretados pelo epitélio pigmentado e pelos fotoreceptores como deveriam e começam a se acumular na mácula, causando a sua degeneração progressiva. O tecido retiniano sofre um afinamento e provoca queda da visão. Quando não tratada adequadamente, a doença pode evoluir da forma atrófica para a forma exsudativa da doença, considerada a mais perigosa.


A pessoa com DMRI enxerga assim:



RETINOSE PIGMENTAR

Outro grupo de doenças da retina, de caráter degenerativo e hereditário tem o nome de retinose pigmentar (RP). É importante entender que a retinose pigmentar não constitui uma doença, e sim um grupo de doenças, causadas por inúmeras mutações genéticas, cujo traço comum é a degeneração gradativa das células da retina sensíveis à luz. No futuro, estima-se que serão classificados mais de cem tipos de Retinose Pigmentar.

Pessoas que são afetadas pela RP sofrem um processo de degeneração dos cones e bastonetes da retina, o que as leva a uma perda de visão noturna e a ter dificuldade de enxergar quando há pouca luminosidade ou claridade excessiva. Perdem também progressivamente a visão periférica, e o estreitamento do seu campo visual pode levar à visão tubular; porisso comumente os portadores da doença tropeçam em objetos no seu caminho ou esbarraram em pessos e em objetos fora de seu campo visual.

O ritmo em que se dá a perda do campo visual varia de pessoa a pessoa, o que se explica em parte pela herança genética e em parte por fatores ambientais (stress, fumo, alimentação, medicamentos). Ao que parece a RP de tipo dominante tende a se manifestar de forma mais branda que alguns tipos de RP recessiva. Muitos detêm uma parcela de visão até os 50, às vezes 70 anos enquanto outros a perdem antes.

Os sintomas da retinose pigmentar começam a aparecer em geral entre os 10 e os 30 anos. Os casos mais comuns de RP aparecem na idade adulta. Existem entretanto crianças que desenvolvem estas doenças no início da infância. Porisso já se faz uma classificação do tipo de RP a partir da idade em que a doença se manifestou: tem-se assim a RP de idade adulta, a RP juvenil e a Rp congênita. Esta última aparece no recém-nascido, levando a criança a ter pouca visão e nenhuma resposta no teste de eletroretinograma. A RP congênita é chamada de Amaurosis Congênita de Leber.

Os traços que levam um médico a diagnosticar a RP são em geral os pigmentos escuros na retina e os sinais de atrofia (degeneração) do tecido retiniano e dos vasos sanguíneos.



A pessoa com Retinose Pigmentar enxerga assim:

Visão Normal                    Retinose Pigmentar


DOENÇA DE STARGARDT

A doença de Stargardt é a forma mais comum de degeneração macular juvenil. Nela ocorre a perda progressiva das células fotoreceptoras da mácula, gerando a redução da visão central, com a preservação da visão periférica. A progressão da Stargardt varia de pessoa a pessoa, podendo se agravar após os 50 anos.

Quase sempre é herdada sob a forma autossômica recessiva. Ambos os pais, chamados portadores do gene, transmitem a doença, ainda que eles próprios não sejam afetados, porque têm apenas uma cópia do gene ( são necessários dois genes alterados para que a doença apareça). O risco de uma criança ter Stargardt quando os pais são portadores do gene é de 25% em cada gestação. Nesse caso a criança herda uma cópia do gene da Stargardt de cada um dos pais. Alguns dos genes causadores da Doença de Stargardt já foram localizados.

Suas mutações estão sendo estudadas, a fim de que se possa entender melhor os mecanismos que causam a doença e se desenvolver um tratamento.

Recentemente, uma pesquisa com animais comprovou que o uso de lentes escuras, sempre que houver luz solar, é importante para impedir a progressão da doença.

A doença Fundus flavimaculatus é geralmente de padrão autossômico recessivo, caracterizada ao exame pela presença de flecks amarelados no nível do epitélio pigmentado da retina. Estes podem aparecer na periferia da retina e permanecer confinados a ela, porém mais freqüentemente localizam-se na área macular. O prognóstico varia bastante entre os pacientes. Na maioria dos casos, especialmente no início, o exame eletrorretinográfico é normal.


A pessoa com a Doença de Stargardt enxerga assim:

Visão Normal                    Doença de Stargardt

Algumas outras degenerações e distrofias causam diversas formas e níveis de perda da visão. Por exemplo:


Mais adiante, postarei novas informações!

Beijocas


Fonte










10 comentários:

  1. Excelente post. Espero que a huminidade esteja par das deficiências oculares, de forma que, auxiliem a inclusão de pessoa deficientes visuais na sociedade.

    Márcio Modesto

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  2. Olá Márcio,

    Seja bem-vindo! Obrigada por seu comentário.
    Estamos em busca da conscientização de toda a sociedade, dos governantes e dos próprios portadores de necessidades especiais da necessidade da inclusão, da capacidade destes indivíduos e de sua importância para para a sociedade.

    abraços

    ResponderExcluir
  3. Olá Dolores!
    Parabens pelo blog.
    Encontrei as informações que precisava.
    Eliane

    ResponderExcluir
  4. Olá Eliane,

    Fico feliz que o Blog Stargardt Brasil tenha ajudado!
    Seja bem-vinda e Volte sempre!

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  5. Legal achar mais pessoas pra compartilhar seus casos
    Adoei esse blog Dolores

    E já quero aproveitar pra tirar uma duvida...
    No exemplo de como enxergamos na Doença de Stargardt,
    o meio da visão aparece sempre em "preto" como exemplo.
    A duvida é a seguinte... no meu caso meu centro da visão não é em preto e sim, todo colorido... De todos são assim ? ou algumas pessoas tem esse colorido e outras enxergam em preto mesmo ?

    Grata...

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    Respostas
    1. Olá Aline,

      Seja bem-vinda!
      Fico muito feliz que tenha gostado do blog.
      Normalmente, quando a doença de stargardt já está muito avançada, os portadores enxergam como no exemplo, ou seja, com uma mancha escura no centro. A doença afeta a parte central da retina.
      Com relação às manchas coloridas citadas por você, não tenho conhecimento do que se trata, mas acredito que seja efeito da evolução da doença, mas é bom consultar seu oftalmologista, pois pode ser outra patologia associada.
      Eu, por exemplo, tenho uma degeneração no vítreo, e isso causa uma manchas como se fosse um reflexo de água/piscina na minha vi8são, principalmente se tiver incidência de luz.
      Também tenho miopia e astigmatismo além da doença de stargardt e a combinação de diversas patologias altera a forma como enxergamos.

      abraços,

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  6. Oie Dolores
    Eu também tenho miopia e astigmatismo
    Vai fazer 11 anos que tenho stargardt, meu primeiro sintoma foi um pontinho bem pequeno e preto no centro da visão, ai procurei o médico... Do tempo que fiz os exames e até sair o resultado, que foi no tempo de um mês, a doença evoluiu bastante aparecendo mais manchas no centro só que coloridas, avisei todos os 56 médicos que passei por consulta de como eu estava enxergando e todos fizeram os exames e confirmaram ser doença de stargardt
    Bom, só fiquei curiosa por não escutar mais minguem citando ser coloridas essas manchas mas tudo bem, eu prefiro colorido mesmo, é mais alegre haha
    Ti adicionei no msn ta dolores, quero ti pergunta umas outras coisinhas também =]
    Abraços

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    Respostas
    1. Oi Aline,

      Fique tranquila, a doença de stargardt ainda está em estudo e, com certeza, os médicos não sabem tudo sobre ela. Vamos acompanhando seu caso, poste aqui suas novidades e podemos descobrir muita coisa juntos. Cada um de nós colabora com suas experiências e formaremos um grande banco de dados e informações para os pesquisadores.
      Faça seu cadastro no cadastro nacional de portadores que temos aqui no blog!

      beijocas

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  7. ola Dolores meu filho Lucas tem 10 anos e é portador dessa doença de Stargardt descobrimos o ano passado mas notei desde dos seus 7 anos a grande dificuldade de enchergar. Tudo que ele vai ler é com rosto encima da letra, televisão, computador enfim ..Eu costumava falar pra ele não ficar em cima assim das coisas mas a questão é que se ele não se aproximar pra ler ou ver como ele vai ver né, e sendo que oculos nenhum o ajuda. Mas gostei desse blog, gosto de saber mas sobre essa doença e aqui é bom porque cada um conta de suas experiencias e assim vamos ajudando uns aos outros até encontrarem a cura e força pessoal um dia chegaremos sem contar que Deus esta no controle de tudo um Grande Abraço a todos!!!

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    Respostas
    1. Oi Cristiane,

      Como vai?
      Seja muito bem-vinda!
      Que bom que vc chegou até nós! É sempre muito bom conversarmos sobre nossos problemas, dificuldades, medos etc.
      No meu caso, a doença tb iniciou por volta dos 7 aos 9 anos e foi evoluindo. É importante dizer que ela costuma evoluir, mas de maneira diferente em cada pessoa. Em alguns casos mais acelerada, em outros menos. Tb há casos em que a doença estabiliza.

      proximidade com as coisas para ver melhor é normal. Tb é importante usar coisas ampliadas, ou seja, uma televisão grande, computador com tela grande, textos ampliados, com fontes aumentadas etc.
      E isso tb é para ser feito na escola. Converse com a escola, os professores, explique o caso e peça ajuda. Peça para a professora fornecer materiais ampliados, como textos com letra grande.
      e puder, compre um tablet para ele, porque vc pode habilitar um leitor de telas e ele poderá realizar muitas tarefas com áudio. Instale um aplicativo leitor de telas no computador de casa.
      Estou lançando um ebook gratuito, explicando como instalar um leitor de telas e tb como criar um pacote com leitor de telas portátil que pode ser usado e qualquer computador.
      Esta semana ainda estará disponível aqui o blog.

      Vamos covnersando. me fale mais de seu filho e que dificuldades ele tem.

      bjs
      Dolores.

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